terça-feira, 20 de abril de 2010

SEM POLÊMICA, PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO ADULTAS AVANÇAM


Os resultados das terapias com células-tronco adultas no Brasil são muito animadoras. Há diversos núcleos de pesquisas pelo país, inclusive no Paraná destacam-se os trabalhos do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas, pioneiro na realização de transplantes usando células-tronco obtidas de cordão umbilical e de medula óssea, coordenados pelo doutor Ricardo Pasquini, e o Laboratório de Engenharia e Transplante Celular da Universidade Católica, dirigido pelo professor Waldemiro Gremski.
O laboratório da PUC é resultado de uma parceria com o Governo do Estado. Atualmente conta com recursos da FINEP, financiadora de projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia, bem como da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, para realização de pesquisas com células-tronco relacionadas a terapias de cardiomiopatias. Basicamente o objetivo é trabalhar com células-tronco do próprio indivíduo, visando fazer com que elas se diferenciem em célula muscular do coração para implante em pacientes com insuficiência cardíaca ou enfarte.
A pesquisa é inovadora em relação ao que está sendo feito no Brasil. Em outros centros, retiram-se as células sanguíneas da medula através de uma punção, separam-se por centrifugação as células-tronco ali presentes e com o paciente ainda anestesiado elas são reinjetadas por cateterismo no músculo do coração. Isso é o que se faz, por exemplo, no Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro e na Fundação Osvaldo Cruz de Salvador. "Ao contrário do procedimento anterior, nossa proposta é que o paciente ceda a sua célula-tronco, nós a diferenciamos; e ela é injetada no coração já como célula muscular cardíaca. Segundo o professor Waldemiro Gremski, as experiências até agora foram positivas. Não foram testadas ainda em nenhum paciente, mas isso deve ocorrer nos próximos meses.
O laboratório da PUC agrega outros três núcleos de pesquisa envolvendo células-tronco: o que trabalha com células neuronais, visando tratamento para o Mal de Alzheimer, Parkinson e medula seccionada; outro que busca nas células-tronco a diferenciação em células produtoras de insulina; e um terceiro núcleo estuda as células-tronco para a regeneração de válvulas cardíacas. Segundo Gremski, o laboratório não utilizará as células-tronco embrionárias em suas pesquisas enquanto a Igreja não se posicionar a respeito.

Fonte: http://www.cienciaefe.org.br/jornal/e69/Mt01.htm

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